terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CRIANÇAS DO NORDESTE BRASILEIRO

A seca
A seca existe no Nordeste brasileiro desde o descobrimento do País.O primeiro registro desse flagelo ocorreu em 1559.Em 1877, ocorreu a mais devastadora de todas as secas: metade da população de Fortaleza pereceu, a economia ficou arrasada, as doenças e a fome dizimaram o rebanho, o qual sustentava milhares de famílias.
Enquanto no Sul a população sofre com os estragos causados pela chuva, no Nordeste, o problema é a seca, que afeta mais de 400 mil pessoas só em Pernambuco. Sessenta e três cidades do estado decretaram situação de emergência.
Para conseguir água, as pessoas dependem de carros-pipa ou têm que andar quilômetros. Em Mombaça (CE), não chove há seis meses.
A seca e as crianças
Sim, ainda sofrem. Atualmente, as crianças que ainda não atingiram a idade do ensino fundamental (sete anos) são as mais prejudicadas. Na região, as escolas públicas existentes para a educação infantil não suprem a necessidade da população. Essas crianças, normalmente, ficam em casa, ajudando seus pais nas tarefas diárias, ao invés de estarem na escola.
e a desnutrição infantil é um problema de dimensões endêmicas no Brasil. O organismo desnutrido carece de proteínas, calorias e vitaminas, em conjunto ou isoladamente. Em conseqüência da fome, o curso das doenças é mais grave, especialmente das infecto-contagiosas.
Levantamento do Ministério da Saúde mostra: no interior de Alagoas, em cada mil crianças nascidas nos três primeiros meses de 1994, 174 morrem antes de completar 1 ano. É o maior crescimento da mortalidade infantil dos últimos 20 anos, índice comparável aos de alguns dos países mais pobres da África.
O que queremos?
Alertar para solidariedade:
E não é uma questão de arrecadar alimentos nem dinheiro até porque isso já se faz e as pessoas ainda assim passam fome, muita fome.
a culpa é quem mesmo?
É mais fácil manter a crença dos nordestinos em um "Deus todo poderoso", porém carrasco, que condena mais de 15 milhões de brasileiros (segundo estimativas oficiais) a viverem em condições sub-humanas, sob um sol escaldante, sem água e morrendo de fome, que encontrar os culpados por aqui.. Deus é grande demais, que Ele nos perdoe, pois eles não sabe o que fazem.
Abrir os olhos:
Diferentemente dos nossos irmãos em humanidade na África do Sul, a fome aqui tem outros precedentes. Lá, a fome tem como sinônimo a pobreza e a falta de recursos do governo. Aqui, a fome tem como sinônimo o cinismo e a falta de consciência e compromisso com a cidadania de alguns políticos, que tem transformado homens e mulheres em saqueadores, ou melhor, em animais irracionais, desesperados com o seu estado de comiseração humana, em busca de uma forma de sobrevivência.
Sofremos uma espécie de desencanto político, moral, ético e ideológico dos dirigentes de nossos país. Porém, insistimos em não considerarmos os nossos irmãos nordestinos e miseráveis da seca como um de nós, deixando para os outros resolverem o problema da fome.
Quem sabe um dia...
.. Nossos filhos, netos e alunos possam encontrar um nordeste diferente, quem sabe até um paraíso, deixando para traz uma triste história real de horror, onde crianças, jovens e adultos eram esqueléticos, desdentados e subnutridos, e os recém nascidos tomavam "água com açúcar e sal" ao invés de leite.
Um feliz Ano Novo, com esperança de um futuro promissor, que governantes e empresários de todo o país, aprendam o que é comprometimento com o povo, cidadania e solidariedade humana...

Nenhum comentário: